sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SÍNTESE DOS RESULTADOS DAS OFICINAS DO III CONGRESSO DE ASSU: “PJMP, 32 de fé e vida no meio popular”

1 OFICINA DE MEIO AMBIENTE


Os resultados foram apresentados através dos “10 Mandamentos da Juventude”, assim percebidos:

1.Preservar a água como fonte de vida;
2.Lutar para que o meio ambiente seja disciplina obrigatória nas escolas;
3.Que a comunidade e escola se preocupem e se comprometam com o meio ambiente;
4.Amar o meio ambiente como um ser vivo;
5.Usar a ciência em favor do meio ambiente;
6.Realizar processos de formação continuada na PJMP;
7.Que a PJMP se comprometa com o desenvolvimento de projetos sócio-ambientais;
8.Preservação e valorização da biodiversidade;
9.Lutar contra a fome e a pobreza;
10.Que a PJMP favoreça práticas auto-sustentáveis;


2 OFICINA MUNDO DO TRABALHO


Esta oficina apresentou seus resultados através de um carta manifesto, assim escrita:

A juventude do Rio Grande do Norte, a exemplo do jovem de todo o país, enfrenta um dilema na sua formação como cidadão e na sua independência financeira dos pais e de sua família, a falta de emprego e de perspectivas de vida digna, junto a família e a sociedade. Mas por que a maioria da nossa juventude está enfrentando esta situação de penúria e de necessidade? Por que os jovens estão desempregados e ociosos no auge de sua vitalidade? Quais os motivos que colaboram para esse contexto?
Poderíamos enumerar diversas razões, dependendo da situação vivenciada, entre elas poderíamos citar a falta de oportunidade na sociedade competitiva, onde muitos almejam um lugar, mas apenas alguns são selecionados e conseguem sair do imenso grupo de desempregados apontados pelas estatísticas. A falta de uma qualificação adequada poderia também ser considerada uma causa preponderante, uma vez que, os jovens algumas vezes são eliminados do mundo do trabalho, por falta de uma formação específica em seu currículo, sendo substituídos por pessoas de outros lugares.
Aliado a isso, a falta de sonho, motivação e de perspectivas para o futuro, a tão exigida experiência profissional, são fatores marcantes na consolidação desta realidade. As políticas públicas do Governo Federal, como o Pró-jovem, Aprendiz Cidadão e 1º Emprego, não apontam uma solução definitiva para o problema, mas apenas ameniza um quadro cruel e preocupante.
Então, o que fazer para melhorar esta situação? Qual o papel da juventude do meio popular na criação de alternativas para sair desta situação? O desemprego é uma realidade social e eliminar este problema é dever do poder público, mas também é missão de todos nós.


3 OFICINA DE SEGURANÇA PÚBLICA


O dia de estudos e construção de conhecimento na oficina “Juventude e segurança pública: a juventude quer viver”, foi dado em quatros momentos, onde no primeiro momento construíram um varal com sua identidade, sou PJMP e neste varal surgiram as identidades com vários aspectos: gente, pessoa de bem, paciente, representante do CONSUA – Conselho Universitário Agrícola, etc.
A seguir houve uma explanação da temática, respondendo duas colocações em tarjetas, utilizando como recurso metodológico, uma “tempestade de idéias”, que tratava das seguintes questões:

a) Qual a impressão que se dá quando se fala em “segurança pública?
b) O que vem exterminando as juventudes hoje em dia?

Quanto a Questão A, foram obtidas as seguintes respostas:

➢É um conjunto de fatores envolvidos na proteção e prevenção do cidadão;
➢Paz e tranqüilidade;
➢Liberdade de expressão;
➢Está seguro de tudo;
➢Respeitar o próximo;
➢Viver sem hipocrisia;
➢Organização e tranqüilidade de cada ser humano no seu habitat;
➢Direito de todos e dever das autoridades;
➢Proteção e valores da população;
➢É viver sem violência.

No que diz respeito à Questão B, verificou-se:

➢O acesso as drogas, o jovem entra no mundo do crime;
➢Falta de diálogo familiar;
➢Álcool, drogas e marginalização;
➢Falta de oportunidades de trabalho;
➢Falta de educação e comunicação;
➢Violência, drogas e falta de acolhimento;
➢Não respeitar o outro;
➢Falta de dignidade;
➢Falta de compromisso e cidadania.

Após a “tempestade de idéias”, houve a socialização discutindo a questão: Quais as ações práticas que os grupos de jovens podem desenvolver nas comunidades para construção da cultura de paz?
A resposta conteve-se em articular mais jovens, na verdade, convidando-os e conversando sobre os problemas atuais da comunidade. Isto seria o “ponta-pé inicial”.
Buscou-se também, aprofundar a temática sobre a violência nossa de cada dia e fazer a seguinte reflexão: Por que existe violência? É possível contextualizar a realidade brasileira com a bíblica?
A partir daí, desencadearam-se os trabalhos da oficina, analisando e elencando propostas que pudessem promover a paz e ajudar no desenvolvimento da juventude no mundo atual. De forma criativa, os jovens construíram uns painéis respondendo a uma pergunta que não queria calar: O que vem matando a juventude do Vale do Assu hoje?
Em um dos painéis se viu que “a união popular pode quebrar as correntes da opressão, da injustiça e transformar a violência em paz”. Um segundo painel apresentou as reivindicações juvenis, como acesso a educação de qualidade. “Educação é a base de tudo: justiça, liberdade, paz...
Diante do que foi exposto, os jovens falaram destes fatos com frustração de vida. O que mais chocam-os, e que suas esperanças estão limitadas às autoridades. Falam ainda que há ausência de políticas colaborativas, que deveriam ser mais ativas para sociedade, em especial aos jovens. Por fim, acham também, que há pouco investimento (poder executivo) e omissão da justiça (poder judiciário) para defensores públicos nas bases.
Ao final da oficina, os jovens acharam válido pensar um pouco sobre práticas de injustiças promovidas por pessoas.
Diante da interação temática, percebeu-se a necessidade de realizar exposição e construir da proposta que recomenda-se novas práticas.
Conclui-se então que este tema é inesgotável, porém percebeu-se a necessidade de encontrar mais jovens comprometidos com as causas sociais. Tivemos aqui, um conteúdo básico, “um ponta-pé” inicial, para ser desenvolvido novos encontros.
Ao definir segurança pública, os participantes expuseram ter adquirido um maior conhecimento e interessante sobre o assunto e de perceber que esta discussão tem uma estreita relação com a vida do grupo e da comunidade.
Portanto, fica o apelo para que sejam realizadas mais ações nas comunidades. Que os participantes, ao regressar à suas comunidades, multipliquem aos outros jovens, dar continuidade ao debate sobre os problemas da sociedade, presente no cotidiano e assim, ouvem-se meios para melhorar situação do jovem do meio popular. É necessário envolver todos os seguimentos da comunidade para minimizar as causas de insegurança que vem se perpetuando ao longo de décadas.


4 OFICINA DE SEXUALIDADE: EXPERIMENTANDO DESEJOS E PRAZERES COM RESPONSABILIDADE


O 3º Congresso da PJMP no Vale do Assú discutiu na oficina Juventude e Sexualidade as diversas formas e expressões da sexualidade dos indivíduos.
A juventude nos dias de hoje busca saciar seu prazeres e vontades através da sexualidade, assim manifestando desejos pessoais.
O mundo capitalista trouxe consigo novos interesses: o físico corporal e financeiro, sendo assim, esquecem do espiritual que fortifica a união matrimonial, tornando uma aliança capaz de ultrapassar devidas dificuldades.
Percebemos também, na sexualidade, atividade sexual precoce, causando problemas psicológicos e dificuldades no desenvolvimento infantil.
O diálogo familiar é essencial para o esclarecimento, entretanto, pedimos que os pais buscassem sempre orientar seus filhos, para que se possa perceber o desenvolvimento da vida sexual do indivíduo.
A desestruturação familiar prejudica diretamente o ambiente familiar, sendo assim, causador das relações sexuais sem respeito, o uso de drogas lícitas e ilícitas.
A juventude procura o ter no sentido material, social e econômico e venda seus olhos para o ser justo, humilde, amoroso, crítico, reflexivo, pensante e atuante.
E foram nessas discussões que os levam um caminho de trilhar mais seguras e verdadeiras seu protagonismo juvenil onde o(a) jovem não se fecha à questões cotidianas presentes na vida da juventude e na própria sexualidade.
A juventude abre seu caminho para sexualidade, e nessas veredas encontramos respostas que extrapolam paredes tradicionais. A busca do prazer é incessantemente vista e percebida por um olhar juvenil mais simples.


5 OFICINA TREM DA HISTÓRIA


A oficina apresentou a comunidade presente, a seguinte carta reivindicativa:

Ultimamente estamos nos sentindo meio órfãos, pois o pouco apoio tem minguado aos grupos de base, diminuindo assim a sua força na caminhada. Realizamos muitas coisas para com a juventude do meio popular, mas queremos muitos mais. Nossos sonhos são ousados e é preciso unir forças de políticos comprometidos e religiosos. Se faz necessário conquistar mais jovens para transformar nossa sociedade em um mundo mais justo.
Nós jovens, por natureza somos sonhadores e é preciso que nossos projetos de vida oportunizados, nos levando a prosperar na união e a comunhão. O jovem do meio popular também tem sua identidade própria, é precisa de liberdade para expressar sua cultura, mas também precisa ter seus direitos garantidos.
Este jovem do meio popular também precisa cada vez mais ser comprometido com a prática cristã de uma igreja libertadora.
Portanto, esperamos que, de coração cheios de fé e vida, arregacemos as mangas para que estes sonhos não sejam apenas sonhados mais realizados um a um, no meio popular. “Juventude que ousa sonhar, constrói um Brasil popular”.

Att.

Comissão Diocesano de Seviço da PJMP